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Inédito no Brasil, espetáculo Bull expõe a competição, as neuroses, a fragilidade e a maldade humana dentro do ambiente de trabalho.

Três colegas de trabalho estão fechados em uma sala aguardando a chegada do chefe. Um deles deverá ser demitido. A situação, bastante comum no meio corporativo, serve de plano de fundo para a exploração dos labirintos do psicológico humano no espetáculo Bull, que estreia dia 9 de abril, às 21h no Tucarena, com direção de Eduardo Muniz e Flávio Tolezani.

A ideia de montar o espetáculo partiu de Eduardo Muniz que, estudando o teatro inglês há seis anos, deparou-se em Manhattan com o espetáculo Cock, do mesmo autor. Cativado pela dramaturgia crua e psicológica de Mike Bartlett, traduziu o texto para o português e encontrou o espetáculo Bull que decidiu encenar no Brasil.

A montagem, inédita no Brasil, investiga um tema recorrente no mundo corporativo de hoje, o bullying e a pressão psicológica no ambiente de trabalho, levantando questionamentos sobre os limites entre a ambição descontrolada e a busca irrefreável pelo sucesso.

Já tendo montado espetáculos em Londres de Alan Ayckbourn, dramaturgo inglês contemporâneo de Bartlett, Eduardo convidou Flávio Tolezani para dividir não apenas a direção como o cenário e a atuação – ambos estão em cena. A eles se uniram os atores Bruno Guida e Cynthia Falabella que, juntos, compõem a equipe do escritório. A iluminação é assinada por Aline Santini e o figurino por Fernanda Kenan.

Cenograficamente, a montagem opta pelo minimalismo. Com um cenário composto apenas por uma mesa desmontável, cadeiras giratórias e dress code corporativo, a força da ação fica por conta dos conflitos das cenas, da força do texto e gestos dos atores que, no decorrer do espetáculo, transformam o escritório em um ringue de luta. A luz é fria, como em um escritório tradicional. A plateia ocupa o entorno do palco no teatro de arena e é convidada a se sentir  testemunha ocular dessa guerra de vaidades, ou mais precisamente, como uma espécie de júri, que assiste secretamente à cena do crime.

Com um tom ácido e tragicômico, a montagem de fácil autoidentificação aproxima-se de um hiperrealismo que beira o absurdo, construindo gradativamente um ambiente de violência e opressão que, acima de tudo, não julga seus personagens e busca apenas revelar os meandros de todo ser humano.

Em outubro de 2013, Mike Bartlett recebeu o prêmio de Melhor Novo Espetáculo no The National Theatre Awards por Bull,  concorrendo com espetáculos de Alan Ayckbourn e Tom Wells. Cock, também de Bartlett e traduzido por Eduardo Muniz, ganhará montagem em maio deste ano no Rio de Janeiro, com direção de Inez Vianna e Felipe Lima no elenco.

Ficha Técnica

Texto: Mike Bartlett
Elenco: Bruno Guida, Cynthia Falabella, Eduardo Muniz e Flávio Tolezani
Stand-in: Mateus Monteiro
Concepção e Direção: 
Eduardo Muniz e Flávio Tolezani

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